Busscar - O dilema continua...

Essa semana a encarroçadora de Joinville, Santa Catarina, apresentou suas explicações ao Ministério Público sobre sua situação e futuro, a solução é um novo sócio.

A encarroçadora de Joinville apresentou nessa semana uma explicação sobre sua real situação, o que causou e o que tem feito para sair da crise.

Segundo a carta apresentada ao Ministério Público do Trabalho em Joinville na pessoa do Promotor Guilherme Kirtsching que o príncipal motivo que os conduziu a essa crise, que é a maior em sua história que começou em 1940, foi a crise mundial de 2008. Mesmo com a Presidência da República dizendo que no Brasil não passaria de uma "marolinha", todos os bancos cortaram créditos e seus empréstimos que giravam em torno de 140 milhões, mas com o corte não conseguia mais de 75 milhões, o que atrapalhou na compra de matéria prima e planos de investimentos. Em busca de empréstimos em vários bancos como Banco Regional de Desenvolvimento e pela Caixa Econômica Federal. Isso resultou na grande crise em que a empresa está até hoje. Sem esses empréstimos a empresa não pode comprar e deixou de adquirir matéria prima o que resultou em menos lucro e menos produção, elevando os débitos   e impossibilitando de pagá-los.

Hoje a empresa conta com 1,4 mil funcionários em seu quadro, 
embora apenas 200 estejam na linha de produção. Segundo o Sindicato dos Mecânicos de Joinville a empresa deve cerca de  R$220 Milhões em dívidas trabalhistas, visto que os salários não são pagos à mais de uma ano somando ainda aos depósitos trabalhistas.

A empresa continua produzindo, mas timidamente. 

Para resolver essa situação a empresa contratou uma empresa de consultoria para encontrar um ou mais sócios para tirar a empresa dessa crise, a Virtus BR Partners é a empresa que está responsável para a escolha, que deveria ter sido apresentado em março de 2011, mas, segundo a empresa, teve um atraso nas negociações.

O discurso dessa vez teve um tom um pouco diferente dos outros, em que a empresa justificava a crise como resultado do não pagamento dos IPI por parte do Governo Federal, segundo a empresa esse valor girava em torno de R$610 Milhões.

Hoje as dívidas da empresa giram em torno disso: 
R$ 220 milhões com dívidas trabalhistas

R$ 270 milhões com 11 bancos privados

                                                      R$ 30 milhões com o BNDES

E o restante com fornecedores e outros encargos.

Texto: Luiz Vagner R. Lima

Fonte: RBS TV Joinville

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